DO CONSCIENTIZAR AO LIBERTAR:
A CONTEMPORANEIDADE DA PEDAGOGIA DA PRÁXIS EM PAULO FREIRE
Palavras-chave:
Educação libertadora, Emancipação, Marxismo, HumanismoResumo
Ressonâncias do discurso[1] proferido por manifestantes em passeatas contra o governo, em março de 2015, e uma simples análise do momento atual vivido na política brasileira, em que se percebe essa fala ainda viva na sociedade, serviram de mote para leituras e reflexões sobre relações entre princípios marxistas e ensinamentos de Freire, o que resultou neste artigo. O objetivo é apontar possíveis convergências e distanciamentos entre Marx e a epistemologia de Freire para demarcar a pertinência dos construtos teóricos freirianos na contemporaneidade, esvaziando críticas aligeiradas e simplificadoras feitas sem conhecimento consistente sobre educação ou sobre a proposta pedagógica de PF. Argumenta-se que seu construto teórico tem sido amplamente divulgado na universidade e espaços de formação, nas últimas décadas, como embasamento teórico que, conjugado com outros saberes científicos na área de ensino, de aprendizagem, das didáticas e da linguagem, mostra-se capaz de contribuir sobremaneira com uma formação libertadora, humanística e emancipadora do ser. Entretanto, por motivos diversos, não se pode afirmar que o país tenha experimentado, de fato, uma educação democrática e libertadora aos moldes freirianos. Assim, a tese que norteou as reflexões foi a de que a epistemologia de Freire, de cunho essencialmente filosófico-humanista, não é valiosa apenas porque conscientiza o sujeito, mas sim, porque possibilita ao aluno/indivíduo reconhecer-se sujeito partícipe de sua aprendizagem, o que redunda na concepção de prática educativa que encaminha para a educação libertadora e emancipadora que ainda precisa ser realidade em nosso país.
Palavras-chave: Educação libertadora. Emancipação. Marxismo. Humanismo.
Referências
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